Cores que contam histórias com tintas naturais

Hoje vivemos uma manhã repleta de sentidos, cores e memórias compartilhadas, em que arte, ciência e ancestralidade caminharam de mãos dadas, conectando nossas crianças a saberes que vêm de longe – e que seguem vivos e pulsantes.

A atividade foi pensada como uma homenagem conjunta a três datas muito significativas da semana: o Dia do Estudante, em 11, o Dia Nacional da Arte, em 12, e, hoje, pra deixar tudo ainda mais especial, o Dia Internacional dos Povos Indígenas.

E não poderíamos ter celebrado de forma mais precisa: mergulhando em uma oficina sensível e criativa com Anna Sylvia Cavalcanti, que trouxe uma proposta linda de arte com tintas naturais, baseada em práticas de nossos povos originários.

“Tia Anna” é Graduada em Design, Mestre e Doutora em Biomateriais, com formação também em ABA, Artes Visuais e Arte Educação. Com esse repertório diverso e generoso, ela nos guiou por uma vivência que uniu o gesto artístico à escuta atenta e à valorização da natureza como fonte de beleza e conhecimento.

Durante a oficina, as crianças vivenciaram dois momentos marcantes:

Primeiro, experimentaram a tinta invisível, feita com cúrcuma, álcool 70, bicarbonato de sódio e água.

Uma brincadeira científica que também é poesia: aquilo que parece invisível ganha forma e cor, revelando segredos e despertando curiosidades.

Em seguida, mergulharam nas pinturas com tintas naturais, produzidas a partir de diferentes tipos de argila (verde, rosa, marrom, vermelha, preta e amarela), misturadas com água e cola branca.

Em folhas de papel mais grosso, cada traço virou território de criação, e cada cor carregou um pedaço da terra – literalmente!

Mais do que técnicas e materiais, o que vivemos hoje foi um verdadeiro encontro com outras formas de aprender e ensinar. Um momento de reconexão com a natureza, de valorização dos saberes ancestrais e de respeito profundo pelas culturas que formam nosso país – especialmente as dos povos indígenas, cuja relação com a arte é também uma forma de resistência e celebração da vida.

Nosso clubinho acredita nisso: que a infância é potente, que a arte é linguagem e que o conhecimento se constrói quando há espaço para a escuta, para a troca e para o afeto. Hoje, vimos tudo isso acontecer diante dos nossos olhos – e nas pontas dos pincéis.

Seguimos assim: criando com propósito, aprendendo com alegria e construindo, junto com as crianças, caminhos onde a criatividade, o respeito e a diversidade sejam sempre bem-vindos!

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