“A Mancha”, Dia Mundial da Limpeza e nossa ação transformadora

Hoje, em nosso clubinho, tivemos uma manhã que parece escrita para inspirar – uma atuação viva de cidadania, arte e ciência. Tudo começou com o livro “A Mancha”, de Guilherme Gontijo Flores (poesia) e Daniel Kondo (ilustração), publicado pela FTD Educação. A obra traz, em linguagem poética e imagens de grande impacto, um dos mais graves desastres ambientais já ocorridos no Brasil: o derramamento de petróleo, ocorrido em 2019, que atingiu praias do Nordeste e parte do Sudeste, danificando ecossistemas marinhos, mangues, recifes e comunidades costeiras.

Esse livro não é só uma narrativa: é um alarme literário, um convite para refletir sobre responsabilidade ambiental, cuidado coletivo, e sobre como cada um de nós mora em seu pedaço do mar, de areia, de céu – e é nosso dever proteger.

Fizemos esta leitura no contexto do “Dia Mundial da Limpeza” – movimento global de mobilização por limpeza, coleta de resíduos e cuidado com o ambiente, promovido no Brasil pelo Instituto Limpa Brasil, parte do programa “Eu cuido do meu quadrado”. Ele simboliza a urgência de agir: limpar, sim, mas também repensar hábitos, produzir menos lixo, tratar dos resíduos que poluem solos, rios, mares.

E foi nesse compasso simbólico que nosso clubinho uniu leitura + ação concreta. Após imergir na contação, fomos além: tivemos experimentos científicos comandados por “Tia Daianne” para compreender densidade, misturas, soluções, e o que acontece quando óleo contamina a água – lições práticas alinhadas com o que o livro denuncia.

Em seguida, iniciamos mais uma Roda de Invenções, com nossas peças própria para ela, complementadas pelo kit ECO20 da Robokit, para prototipar ideias e artesfatos inspirados nas reflexões ecológicas do dia e uma pergunta: que artefato podemos construir para retirar a mancha de petróleo da praia?

A virtude desta manhã foi interdisciplinaridade feita realidade: literatura que sensibiliza, ciência que demonstra, tecnologia que inspira, arte que denuncia, matemática que fundamenta. Foi STEAM em essência – aprendizagem criativa que integra saberes diversos para formar cidadãos conscientes.

O Dia Mundial da Limpeza teve sua expressão máxima em nosso encontro: um momento de protagonismo juvenil, de ver e sentir que o futuro pode sim ser cuidado, que as pequenas ações importam.

Participar dessa mobilização nos reafirma na missão de educar não apenas para o saber, mas para o cuidar, para a autoria – porque cuidar do mundo é também um ato de construir quem somos.

E ainda tivemos mais uma visita bem especial

Para abrilhantar ainda mais o nosso dia, recebemos a visita de estudantes de Jornalismo participantes do Projeto Anti-Horário. Eles estão produzindo uma reportagem sobre o ensino de robótica em escolas públicas, e nosso clubinho foi escolhido como gancho principal para essa matéria que será publicada em sua revista.

O Anti-Horário é um projeto de extensão que surgiu em 2018, coordenado pelo professor Antônio Simões Menezes, com o objetivo de promover narrativas inspiradoras e jornalismo de soluções para além das notícias convencionais. Desde então, ele envolve estudantes da UEPB e escolas da rede pública, incentivando oficinas, reportagens e produções midiáticas que colocam em evidência realidades locais, ideias transformadoras e ações que apontam caminhos para um mundo melhor.

Foi uma alegria partilhar nossos processos, ver o interesse atento dos futuros jornalistas e perceber como práticas como as nossas merecem ser contadas e multiplicadas. A presença deles reforça a ideia de que o que fazemos aqui ultrapassa as paredes escolares: gera narrativas, desperta vocações e dá visibilidade a caminhos possíveis de inovação educativa.

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